sexta-feira, 7 de março de 2008

Entrevista da semana: José António Melo


José António Melo
Seccionista

De uma forma geral que balanço faz do trabalho realizado até ao momento?
Creio que é de toda a justiça fazer um balanço positivo a todo o trabalho desenvolvido, desde o início da época, por todos os integrantes desta equipa.

Desde
início que os objectivos desportivos da equipa foram focalizados para ganhar. Neste escalão, que opinião tem sobre a vitória? Ganhar é importante?
Ganhar é sempre importante. Devemos trabalhar sempre para a vitória, para alcançar o que queremos. No entanto temos que definir exactamente o que queremos, como o vamos alcançar e com que objectivo. Nestas idades, do meu ponto de vista, devemos privilegiar o desenvolvimento harmonioso entre as várias dimensões do jovem, pelo que a competição, ou melhor, o espírito competitivo saudável, deve ser fomentado e encarado como um elemento fundamental para a formação do jovem.

Foram estabelecidos igualmente outros objectivos paralelos, que se prendem com a união do grupo e com o divertimento de todos os seus elementos. Que opinião tem sobre alguns momentos de convívio que foram proporcionados a todos os Iniciados, dos quais o "Jantar do Mês" é o mais apreciado de todos e por todos?
Uma equipa não é um grupo de indivíduos. Numa equipa há interacções, compromissos, rivalidades, cumplicidades, amizades, lideranças e um sem fim de outras inter relações, que a tornam uma entidade única e coesa. Este grupo é muito unido, tendo estabelecido uma dinâmica relacional muito rica, que veio sendo construída ao longo de toda a sua convivência desportiva, que em alguns casos já se estende por mais de sete anos. Ora, iniciativas como o "Jantar do Mês", estágios fora de Coimbra, com dormida fora da “asa” da mãe, ou os almoços conjuntos após uma jornada desportiva, são contributos inquestionáveis para o fortalecimento da excelente relação entre os atletas e contribuem para a alegria que é visível nos seus rostos quando estão juntos.

No último jogo da primeira fase a equipa sofreu uma derrota caseira frente ao Ginásio. Como foi vivido esse desaire? Que aspectos positivos trouxe ao grupo?
Ninguém gosta de perder, mesmo a "feijões” é comum dizer-se. A equipa sentiu e acusou a derrota, mas saiu fortalecida, pois conseguiu encarar de forma muito “adulta” a situação, partindo para os jogos seguintes com uma vontade muito mais firme, ou, como diz o nosso treinador, com “atitude”, o que já se vinha a notar, sobretudo no jogo defensivo.

A fase final "rendeu" quatro vitórias consecutivas. Como define a atitude com que a equipa tem abordado os jogos? Quais os aspectos que mais destaca nas vitórias sobre Ginásio (2), Académica e Olivais?
Como disse anteriormente, a equipa tem vindo a crescer em atitude, e talvez tenha sido este o aspecto em que mais cresceu e que mais contribuiu para as vitórias, mas não podemos deixar de destacar o bom basquete que jogam. Estas vitórias são sempre importantes, quer por serem “derbies” ou pela relevância que os adversários têm no basquete distrital. Ganhar à Académica sempre pareceu possível, tendo sido encarada de forma natural a vitória. Ganhar aos Olivais é sempre encarado como uma vitória que faz crescer, e dois jogos ganhos ao Ginásio consolidam esse sentimento. No entanto, estas vitórias só podem e devem ser encaradas como o fruto de muito trabalho e esforço e como mais um passo na aprendizagem deste belo desporto.

Segue-se a Académica e nova vitória significa desde logo a vitória no Campeonato Distrital. Como acha que a equipa vai encarar este jogo?
Nervos, medos, receios de que algo corra mal, etc… etc… Nem pensem nisso! Os miúdos gostam e sabem jogar basquete e é isso que vão fazer, o que basta para ganhar.

A equipa deseja que este jogo seja vivido em ambiente festivo. Que argumentos utiliza para convencer as pessoas a virem ao jogo, imbuídas desse espírito?
Já falei de atitude, de alegria de jogar, de bom basquete, de camaradagem e de vitórias. Já são argumentos para vir ver o jogo, para apoiar, para fazer sentir aos nossos filhos e aos atletas deste clube que podem contar connosco, que quando a bola entra no cesto é como se também o pai ou a mãe tivessem dado uma ajudinha e que vibramos da mesma forma e com a mesma intensidade que eles. Vamos mostrar isso mesmo e comparecer em força!

Os pais, naturalmente, têm dado um apoio fantástico à equipa, como se viu no jogo anterior na Figueira da Foz. Que mensagem tem para lhes deixar?
Já me antecipei um pouco na questão anterior mas não posso deixar de reforçar o apelo para que compareçam, apoiem os vossos filhos, manifestem que gostam de os ver fazer aquilo de que gostam e são capazes de fazer bem. Venham bater palmas, gritar “força PT” e entoar os já famosos cânticos.

"Para o êxito, a atitude é tão importante como a capacidade". Como comenta esta frase de Walter Scott?
Todos nós conhecemos histórias ou situações em que a vitória ou o êxito foram alcançados mais à custa da força, da garra, da emoção e do querer, do que da técnica ou espírito de equipa. Durante algum tempo era notório que não se podia pedir à equipa esse “quê” a mais, necessário para resolver uma situação ou um jogo. O responsável técnico pela nossa equipa desde cedo identificou esse défice, trabalhou no sentido de superar o problema e hoje vemos uma equipa com atitude, com garra, com técnica e saber, capaz de chegar onde todos desejamos.

Como já foi reconhecido publicamente, inclusive pelos jogadores, os Sub-14 da PT têm um grupo fantástico de seccionistas e directores…
Claro que sim! É reconhecido que técnicos, direcção e seccionistas são do melhor que há. Quanto ao “seccionista” é que já tenho dificuldade em me pronunciar. Ele gosta disto e vai colaborando, mas a Dulce e a Fátima é que merecem tudo o que de bom se diz delas, e só o bom, pois dão-se à equipa, sem reservas.

É habitual perguntar aos jogadores como conciliam o basquete com os estudos. Neste caso, como pai e seccionista, que opinião tem sobre esta questão?
É simples. Gerir o tempo. O tempo será, sem dúvida, o bem mais precioso que possuímos. Cabe-nos a nós, enquanto pais e educadores incutir nos nossos filhos a responsabilidade das coisas. Possibilitar-lhes situações que lhes permitam uma gradual autonomia. Giramos bem o nosso tempo, que os nossos filhos o farão da mesma forma, pois somos nós o modelo próximo, aqueles que eles vêem como exemplo. É claro que isto não é fácil e gera dificuldades, proporciona conflitos, quase nos faz cair na tentação da privação da ida ao treino ou jogo. Como disse, é fácil! Haja tempo, livros e tempo para jogar basquete!

Mensagem que gostaria de deixar para a equipa e de uma forma geral para os visitantes do blogue?
À equipa, uma mensagem de apoio incondicional, de gratidão, por me tratarem como mais um. Uma mensagem de votos dos melhores resultados desportivos e de que alcancem o que desejam. Aos pais, de apelo para que todos sejam os primeiros apoiantes da equipa, logo dos nossos filhos. A todos, uma mensagem de esperança, pois estou certo de estarmos a contribuir para a formação dos melhores jogadores e dos melhores jovens que esta cidade acolhe, pois, e perdoem-me, são os nossos atletas e os nossos filhos. Um abraço do vosso seccionista "Senhor Melo"!

Na próxima semana entrevista a Ricardo Rodrigues

5 comentários:

JN disse...

Boa Zé António

Manuel Rodrigues disse...

Entrevista espectacular "Senhor Melo"!!

1 abraço

Andr�#15 disse...

Boa entrevis Sô Melo!!!!

Andr�#15 disse...

*entrevista*

Gonçalo #9 disse...

Boa entrevista " Sô Melo"